Eu sempre gostei de ler, e apesar de ter grande influência da minha família, minhas professoras do Ensino Fundamental I também colaboraram muito para isso.
Duas histórias que foram lidas nessa época – na verdade um livro e alguns livros de uma série (dos quais eu já não lembro mais) – me marcaram muito por serem boas histórias, mas é só isso que eu me lembro, que eram livros bons e que eu adorava, porém não sei mais nada do enredo de nenhum. E é por isso que eu tenho vontade de comprar e reler esses livros, não só para relembrar, mas também pela memória afetiva deles.
A Bolsa Amarela
A Casa Amarela já se tornou um “clássico” da literatura infanto-juvenil. É o romance de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde numa bolsa amarela) – a vontade de crescer, a de ser garoto e a de se tornar escritora. A partir dessa revelação – por si mesma numa contestação à estrutura familiar tradicional em cujo meio ‘criança não tem vontade’ – essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértile povoado de amigos secretos e fantasias. Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e a menina segue rumo à sua afirmação como pessoa. A Bolsa Amarela recbeu o selo de ouro da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, dado anualmente ao livro considerado “o melhor para a criança”.
Eu conheci esse livro em 2010, quando eu estava na quarta série. A professora Florinda nos dava aula de português, e fizemos uma leitura conjunta do livro, lendo alguns capítulos por aula. Nas aulas destinadas à leitura, ela levava exemplares suficientes para que todos conseguissem acompanhar a leitura sentados em duplas e dividindo um livro. A sala ficava em silêncio absoluto, todos acompanhando a história e a professora lendo o enredo em voz alta. Como eu amava essas aulas!
Não me lembro de nada mesmo da história, somente que tinha um galo de briga – eu acho – que eu nem sei se era real ou fazia parte da imaginação da menina. Apesar disso, lembro que a história é legal, e eu adorava as aulas em que líamos esse livro.
Compre “A Bolsa Amarela” clicando aqui.
Píppi Meialonga
Autora de mais de oitenta livros já traduzidos para mais de setenta línguas, a sueca Astrid Lindgren escreveu Píppi Meialonga em 1945, como presente para os dez anos de sua filha. Píppi é uma menina de nove anos incrivelmente forte. Não tem pai nem mãe e mora sozinha, mas feliz da vida. Seus companheiros são um cavalo e um macaquinho. Ela mesma faz suas roupas – bem esquisitas – e sua comida – biscoitos, panquecas e sanduíches. Destemida e sapeca, lembra a Emília do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Píppi tem sempre uma resposta na ponta da língua e demonstra grande confiança em si mesma. Dá uma surra em cinco meninos brigões, engana os policiais que querem levá-la para um lar de crianças, põe dois ladrões a correr e enfrenta um touro a unha. Nada convencional, causa espanto e confusão por onde passa, seja na escola, no circo ou na casa de seus vizinhos. É, enfim, uma menina que realiza sonhos de liberdade e aventura. Aboslutamente encantadora.
Sim, Píppi é absolutamente encantadora. Forte, segura e faz o que quer, e acho que é por isso que eu gostava tanto das histórias dela – além das aventuras, claro!
A professora Maria José nos apresentou aos livros da Píppi na segunda série, em 2008. Ela levava seus livros e algumas vezes lia para a sala, outras fazia cada aluno ler um parágrafo. Nós adorávamos ouvir as aventuras da Píppi e depois ficar conversando sobre como era legal. Um colega de classe até disse que existia um desenho animado da Píppi, mas eu nunca assisti pois ele passava em canal fechado, e eu não tinha acesso na época.
A sinopse que coloquei aqui é do livro onde conhecemos Píppi, mas existem outros como “Píppi nos mares do sul” (que eu lembro apenas do título, mas sei que lemos também), “Píppi a bordo” e “Você conhece a Píppi Meialonga?”. Meu sonho é comprar todos os livros dessa personagem encantadora e reler.
Compre “Píppi Meialonga” clicando aqui.
❤
Esse post faz parte do projeto Fora da Caixa, cujo tema atual é “lembranças de infância”.
Fora da Caixa é um desafio onde os blogs participantes escolhem um tema mensal para fazer uma postagem relacionada ao tema, e o importante é exercitar a criatividade. Os temas podem ter várias interpretações, sendo representados através de fotografias, textos, desenhos, etc., depende da interpretação de cada um.
Visite os blogs participantes:
Diário de Uma Desastrada | Imprevistos Musicais | Lado Milla | Literalize-se | Tecer Flores e Cheirar Livros
❤
Me conta um livro que fez parte da sua infância e você gostaria de reler!
Deixe um comentário