Eu amo livros grandes, com uma história que parece não ter fim e você sempre quer saber o que vem a seguir. Porém, às vezes é chato ficar um tempão na mesma leitura e a gente quer algo mais leve. Uma história mais sucinta.
Hoje vou listar 3 livros de leitura rápida – e que são bons.
Um Estudo em Vermelho
“O laboratório era um aposento amplo, atulhado de incontáveis frascos. Viam-se, espalhadas, diversas mesas baixas e largas, eriçadas de retortas, tubos de ensaio e pequenos bicos de Bunsen com suas trêmulas chamas azuis. Na sala havia apenas um estudante, inclinado sobre uma mesa afastada, completamente absorto no que fazia. Ao ouvir o som de nossos passos ele levantou os olhos e, vendo-nos, eregueu-se num pulo soltando uma exclamação de prazer.
– Achei! Achei! – gritou para meu companheiro, ao mesmo tempo, correu para nós com um tudo de ensaio na mão. – Achei um reagente que é precipitado pela hemoglobina e unicamente pela hemoglobina.
Tivesse ele encontrado uma mina de ouro, suas feições não poderiam estar iluminadas por prazer maior.
– Dr. Watson, este é o sr. Sherlock Holmes – disse Stamford, apresentando-nos.”
Minha edição desse livro é da Editora Ática e faz parte da coleção Eu Leio, tendo 149 páginas (de história). “Ah, Vitória, mas 149 páginas não é muita coisa?” eu diria que depende do ponto de vista.
Essa é uma leitura que fluiu muito bem comigo. Por ser uma daquelas histórias onde queremos saber o que vai acontecer depois. Li esse livro ainda no ensino fundamental, quando eu devia ter uns 13 anos, mas sou apaixonada por ele até hoje. É aqui que conhecemos o incrível Sherlock Holmes e vemos ele desvendar um caso pela primeira vez.
Por mais que possa conter um grande número de páginas na visão de alguns, o livro em si é pequeno, as letras não são grandes, eu diria que tem um tamanho “comum” se comparado a outros livros, mas como eu disse, a leitura flui – e as páginas são amareladas, o que particularmente é bem melhor para mim.
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Para Educar Crianças Feministas
Após o enorme sucesso de Sejamos todos feministas, Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gênero neste manifesto com quinze sugestões parar criar filhos dentro de uma perspectiva feminista.
Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, Para educar crianças feministas traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, começando pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto pode ser lido por homens e mulheres, pais de meninas e meninos.
Partindo de sua experiência pessoal como mãe e filha, Chimamanda nos lembra como é moralmente urgente termos conversas honestas sobre novas maneiras de criar nossos filhos, e presenteia o leitor com o que chama de um mapa de suas próprias reflexões sobre o feminismo. O resultado é uma leitura essencial para todos aqueles que acreditam que a educação é o primeiro passo para a construção de uma sociedade mais justa.
Na resenha que fiz desse livro, comentei que realizei a leitura em uma hora e meia. Essa edição é da Companhia das Letras e tem 94 páginas. O livro é bem pequeno, daqueles que tem como guardar no bolso. E originalmente, ele foi escrito em formato de carta, então a escrita tem aquela proximidade entre autor/leitor, e é bem tranquila de ser realizada.
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O Livro de Tudo
Não, isto não é uma biografia. Quem sabe daqui uns 50 anos eu faça uma, mas ainda não é o caso. Não mesmo. Que tal uma conversa? Em meio a tanta gente falando sobre si, acho que vale a pena uma conversa sobre tudo. Sonhos, propósito de vida, rótulos que a sociedade impõe, a falsiane da mídia. Por que não mostrar a nossa visão sobre assuntos que são relevantes, mas que, em um mundo de “eu, eu, eu”, ninguém mais presta atenção? Aliás, não tenho muito espaço pra te contar o que eu acho por aqui. Melhor você ler logo.
Com amor, Priscilla Alcantara =)
Da editora Ágape, com 144 páginas, O Livro de Tudo é uma conversa entre a Priscilla e quem lê o livro. Acabei de reler a resenha que fiz desse livro por aqui, em 2016. Achei engraçado o quão objetiva eu fui na postagem, mas acho que ainda assim consegui transmitir a mensagem que queria.
No livro muitos assuntos são abordados mesmo, e a Priscilla relaciona tudo com Jesus. Mesmo que você não seja muito religioso ou nem acredite, acho que é uma leitura válida por ser legal e descontraída. Ao ler, nós nos sentimos realmente numa conversa com a autora, e isso é demais.
A fonte utilizada no livro é grande e ele é recheado de fotografias e desenhos, então o número de páginas de leitura em si acaba sendo bem menor do que o número total de páginas.
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