A leitura de fevereiro foi o livro Hábitos atômicos do James Clear, que ganhei como prêmio da Comunidade de Estudos de Consultoria de Imagem (CECI) que participo e veio em ótima hora.
Ao invés de fazer uma resenha tradicional dele, resolvi correlacionar os ensinamentos e sistema apresentado no livro para criar hábitos com o ato de se vestir, que é o que domino.
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Capa do livro. Foto retirada pela autora. |
Se a gente parar para pensar, vestir-se todas as manhãs nada mais é do que um hábito, algo que podemos fazer sem pensar, no modo automático. A maioria de nós não precisa nem acender a luz para escolher algumas peças de tão acostumados que estamos em usá-las, só de tocar você sabe se está do avesso ou não, qual a frente, onde o zíper fica.
Isso é ruim? Depende.
Saber tudo o que você tem é excelente, ter essa noção do seu inventário poupa muita dor de cabeça e compras erradas (falei um pouco sobre isso aqui), porém, na maioria das vezes temos muita coisa e “decoramos” poucas, ou seja, um monte de roupa fica esquecida no armário, vêem raramente a luz do sol, enquanto outras “já podem ir sozinhas”.
Durante a leitura desse livro, isso ficou muito claro do porque fazemos isso com nossas queridas roupas. Então, vou utilizar as 4 leis de como criar um bom hábito para te ajudar a ser mais criativa sem esforço e utilizar de verdade tudo o que compra.
É uma das partes mais fáceis e, se você me segue, sabe que vivo falando sobre isso: “o que não é visto, não é usado”, uma adaptação daquela frase “quem não é visto, não é lembrado”, que se usa muito na vida profissional, né?! O mesmo vale para as suas coisas, se está “escondido”, difícil de pegar, é improvável que você use e pior, pode acabar comprando algo igual ou muito parecido por não ver que já tem.
Para essa lei, temos 3 passos (no livro são 4) para você seguir:
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Visualizar tudo de forma fácil é crucial. Foto: Artem Beliaikin on Unsplash |
Talvez os dois passos mais importantes são o 1º e o 3º e um complementa o outro. Um ambiente propício, que te ajude a ver as coisas vai fazer com que você saiba o que tem e consequentemente queira usar.
A verdade é que toda vez que sentimos prazer em algo, repetir essa ação é mais fácil. Nem tanto pelo prazer imediato, mas pela ideia dele. “Quando eu vesti roupa tal, fui elogiada, logo, se eu usar mais peças como ela, serei elogiada também“. Pela minha experiência, esse tipo de antecipação de recompensa (elogios, segurança, aceitação) é o que nos leva a usar e comprar sempre as mesmas coisas, que cria a nossa zona de conforto.
Aqui também temos 3 passos simples:
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Cerque-se de pessoas ou que querem o mesmo que você ou que já alcançaram o seu objetivo, isso vai tornar mais atraente seu novo desejo de imagem. Foto: Chris Murray on Unsplash |
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É bem clichê e parece até óbvio, mas, compre aquilo que pretende começar a usar. Foto: Clay Banks on Unsplash |
A verdade é que nosso cérebro é muito mais fácil de “educar” do que a gente pensa. Assim como educamos uma criança ou um pet, recompensando as boas atitudes e repreendendo as ruins, quando adultos, também funciona. O segredo é ter algum reforço positivo imediato, seja um elogio próprio “estou linda”, “consegui fazer uma combinação diferente”, sentir orgulho pela seu conquista.
Colocou uma estampa no visual de sempre? Reconheça essa vitória, tire foto, poste nos stories, isso vai tornar mais apetitoso o ato de pensar uma combinação nova e te incentivar a fazer mais vezes.
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Sarah Jessica Parker satisfeita com suas roupas. É um momento prazeroso para a personagem. Imagem retirada da internet, cena do filme Sex and the city. |
Existe uma linha de pensamento que o próprio tio Mark usa para justificar estar sempre usando a mesma coisa, e que o Pyong também usou de que temos uma limitação diária para tomadas de decisões e não precisar escolher a roupa que vai usar no dia economiza algumas delas para algo mais importante. Eu discordo, temos poucas oportunidades no nosso dia de sermos criativos e até de nos expressarmos livremente, então por que podar esse momento que é nosso? Essa chance de pensar diferente, arriscar algo novo é um treino para fazer melhores escolhas e pensar “fora da caixa” em outras áreas também.
Acredito que toda oportunidade que temos de pensar diferente deve ser aproveitada. Criatividade não é a mesma para todos, algumas pessoas podem achar o meu visual criativo, mas para a minha pessoa ele é comum. Criatividade é relativa, é o seu fora da caixa, o seu ousado.
E, como último conselho: “Não tenha medo de errar.” Faz parte do processo e tá tudo bem, ninguém nasce sabendo nada e estamos todos aqui para isso mesmo, acertar, errar, aprender, tentar de novo, errar, aprender, tentar de novo, acertar e assim vai.
Ahhh!! Você pode pegar mais dicas sobre como ser criativa sem se esforçar nesse outro post aqui, ele vai complementar as informações que dei nesse.
E, se quiser ler o livro para te ajudar na implementação de outros hábitos, não esquece de usar o link de afiliados da Amazon do blog (clica aqui)!
❤
Luly Lage
Menina, essa regra dos dois minutos achei absolutamente TUDO! Faz tanto sentido, nossa, vou aplicar isso super na minha vida!
Eu adoro fotografar looks justamente por isso de lembrar o que gosto de ver em mim… Ajuda a acertar com a mesma peça, acertar com novas combinações parecidas, ajuda a acertar até na hora de comprar… Amo!
Thais Gama
Sim, eu achei libertadora essa regra dos dois minutos e faz total sentido, para qualquer coisa né?! Não preciso começar correndo a maratona (até pq meu corpo não aguenta), mas posso ir até o portão vestida com roupa de corrida e voltar. kkkkkk
Eu não tenho mais esse costume de fotografar, esse ano de pandemia me tirou a vontade de me vestir, passar muito tempo em casa é ruim por esse lado, só quero usar short e regata. kkkk
Anônimo
Muito legal!
Seu post me fez lembrar de quando eu tinha 18 anos e fiz um inventário de minha roupas. Eu e minha melhor amiga da época nos divertimos contando e catalogando tudo. Isso facilitou muito para eu fazer uma pilha de roupas para doar. E tenho a listinha guardada numa caixa de recordações.
Gostei das dicas que o livro propõe!
Paula
Thais Gama
Que legal!!!!
Eu já tentei uma vez catalogar tudo, mas não tive saco kkkk
Tirei fotos e esqueci delas depois kkkk
Mas, tenho ele catalogado na minha cabeça, então tá tudo bem kkkkk
Vitória Bruscato
Thais, eu AMEI como você relacionou os tópicos do livro com o fato de se vestir. Esse é um hábito tão comum na nossa vida desde sempre, que muitas vezes a gente nem se importa muito, né? vai mais no automático. As suas dicas foram tudo pra tornar isso algo mais divertido e criativo, adorei!
Thais Gama
Sim!!!
É algo tão automático e por ser assim é que sempre ouço o "queria que minhas peças fossem mais versáteis", mas na real é a pessoa que não se desafia e vive no automático das combinações.
Malu Silva
Amei essas 4 leis, têm muito a ensinar! Tenho mudado bastante o meu estilo ultimamente, acho que a quarentena me fez repensar a forma como me visto e prezar mais pelo conforto. Toda vez que arrumo o guarda roupas me desfaço de algumas peças e tenho adquirido algumas peças chave que sinto que faltavam. Agora já quero fazer um inventário das minhas peças e repensar alguns hábitos seguindo as dicas do post!
Thais Gama
Que legal ler isso!!!
Sim, eu me segurei para não vender tudo, mas a real que nem sei o que faz sentido manter ou não porque a gente deixa de usar muita coisa quando só fica em casa né?!
Mas, em nome de Jesus, está chegando a hora delas verem o sol mais uma vez.
Inventário é ótimo, eu não consigo ter anotado, mas tenho na cabeça, então tá tudo bem kkk