Navegando pela Netflix, um reality me chamou muita atenção por ter pessoas fantasiadas de “feras” e animais um tanto quanto…estranhos. Assisti à chamada e vi que se tratava de um reality de relacionamento, onde você conhece a pessoa fantasiado, e decide se gosta dela ou não com base nos encontros e nas conversas que tem com ela. Tudo isso sem ver o rosto da pessoa.
A premissa é: encontrar um possível amor sem ligar pra aparência. Será mesmo que isso acontece?

Cansados de relacionamentos superficiais, solteiros são transformados em animais e outras criaturas míticas para testar a química em um encontros às cegas.
Sexy Beasts – Amor Desmascarado é um reality da Netflix, que atualmente conta com 2 temporadas de 6 episódios cada, e duração de, aproximadamente, 22 minutos cada.
Os episódios não possuem ligação entre si, podendo ser assistidos em qualquer ordem, e funcionam da seguinte forma:
Uma mulher ou homem é o prinicpal do episódio, e tem um encontro com mais três participantes separadamente. O primeiro encontro é simples e breve, geralmente em um bar ou restaurante, para que eles conversem. Após o primeiro encontro, todos se reúnem, e o principal diz com quem mais se identificou, eliminando assim um participante.
Os outros dois tem encontros diferentes em outros dias, e geralmente envolvem atividades: jogar golfe, fazer um passeio turístico, cozinhar, etc. É com base nesse segundo encontro que o principal decide com quem gostaria de ficar.
Só ao final do episódio (ou depois que um participante é eliminado) que vemos o rosto de cada um.

A proposta é super legal, e eu gosto muito da produção feita nas maquiagens e caracterizações. Assim como em todos os realities, existem pessoas que são super legais, e passamos a torcer por elas, assim como existem pessoas que são tão chatas, que nos deixam com vontade de parar de assistir.
O que os casais fazem nos encontros é preparado pela produção do programa, e um ponto negativo é que parece que eles fazem de propósito encontros favoráveis para alguns participantes, como se o casal tivesse que ficar junto, e desfavoráveis para outros, como se fosse pra não dar certo mesmo. Lembro que um dos encontros foi numa aula de Ioga. Que chances o casal teria de conversar e se conhecer melhor, se precisavam fazer silêncio o tempo todo?
Outra coisa que incomodou muita gente que assistiu foi o fato de, em duas temporadas, apenas terem casais héteros. Dona Netflix, vamos trazer mais representatividade?
A parte mais legal do reality, para mim, é ver o verdadeiro rosto por detrás das caracterizações. Eu ficava imaginando como a pessoa deveria ser e sempre errava. Eles fazem uma transformação incrível mesmo.

Uma reflexão que fiz sobre a proposta principal do reality, que é não se importar com a aparência, é que: isso não acontece de forma alguma!
Primeiro porque todos os participantes são pessoas extremamentes bonitas e que se encaixam em um padrão de beleza. A grande maioria diz que sofre por ser bonito demais (parece piada eu sei, mas eles realmente dizem que as pessoas só se importam com a aparência deles), e que por isso entrou no programa. A realidade é que alguns participantes que foram eliminados, diziam “Quero ver a cara dele [quem o eliminou] quando ver o que perdeu”, se referindo à própria aparência. Mas não é justamente contra isso que o reality quer ir?
Também fica nítido quando algum participante acha o outro feio, ou simplesmente fala “Que bom que ele não me quis! Não faz o meu tipo.”.
Assistir esse reality e ver esses pontos, me fez pensar na vida real: será que a gente realmente consegue se conectar com alguém a ponto de não ligar pra sua aparência nunca? Fica aí o questionamento!
E você, já assistiu ou conhecia esse reality? Acha que é possível não ligar pra aparência mesmo? Me conta nos comentários!
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