Em um dos meus dias de folga, estava sentada no meu sofá procurando por alguma série pra assistir, e um desenho me chamou a atenção: Família Radical – Maior e Melhor.

A foto de capa da série é uma família composta por um casal de pais, três filhos e uma avó, e todos eles são negros! Como eu nunca havia visto um desenho com uma família inteira de protagonistas negros, decidi assistir, e foi uma das melhores decisões que tomei!

“Família Radical: Maior e Melhor” acompanha Penny Radical de quase 14 anos e sua família maluca.

Faz muito tempo que eu queria falar sobre a série aqui no blog, desde que comecei a assistir. Minha primeira desculpa foi que eu queria ver todos os episódios antes de escrever o post. Depois, decidi que assistiria alguns dos episódios da primeira versão para poder comparar (sim, essa versão é uma releitura!). Por fim, fiquei procrastinando — vergonhoso, eu sei!

Mas, agora é o momento perfeito pra falar sobre a Família Radical, já que esse post faz parte da blogagem coletiva do grupo BLOCO, e o tema do mês é família 💖 O BLOCO foi criado por mim, pois eu sentia falta de um espaço para divulgar o blog e conversar sobre o universo da blogosfera com pessoas que realmente se interessam pelo assunto. Essa é a primeira de muitas blogagens coletivas, e todos que quiserem entrar no grupo estão convidados!

Agora, vamos voltar à serie.

Família Radical – Maior e Melhor

Nossa protagonista é a Penny, uma garotinha de quase 12 anos que vive com seus pais, 2 irmãos gêmeos mais novos e sua avó. Nós acompanhamos o dia-a-dia da protagonista em casa, no colégio e com seus amigos.

Apesar de os episódios seguirem uma ordem cronológica, eles podem ser assistidos de forma aleatória sem problemas com o entendimento. Cada episódio traz uma temática diferente, e a grande maioria deixa uma bela reflexão no final.

Penny é de uma família negra, estuda em uma escola onde a maioria dos alunos tem classe social baixa, e apenas uma de suas amigas é branca (achei esse fato engraçado, até porque ela costuma ser a excluída). Diversos assuntos importantes são abordados na série como a influência das redes sociais sobre nós, LGBTfobia, amor próprio, bullying, racismo, pessoas neurodivergentes, entre outros. E, apesar de esses assuntos serem extremamente sérios, eles são abordados de forma leve e com uma linguagem incrível para que o público infantil/jovem entenda e comece a pensar sobre.

A primeira versão da série foi lançada nos anos de 2001 e 2002. Assisti a alguns episódios e realmente constatei que o que temos agora (2022-2023) é uma repaginada. Os personagens são bem fiéis às versões originais, o que muda é a qualidade de imagem e as novas pautas abordadas (gosto mais da nova versão).

A música de abertura é um R&B muito gostosinho de se escutar, e sua primeira versão foi gravada pelas Destiny’s Child. A série traz muitas referências à cultura negra e é lindo de se assitir. A representatividade desse desenho é gigantesca, e não é só sobre o povo negro, temos muito mais do que se pode imaginar. Uma pena que eu não tive acesso à animação quando era pequena, certamente iria adorar e me sentir representada.

O único ponto que não me agrada é a tradução do título. Em inglês, se chama The Proud Family, que seria A Família Orgulhosa. Gosto muito desse nome principalmente por ser uma família negra, mas entendo que essa tradução literal poderia soar como “a família arrogante”. E uma curiosidade pra quem não assistiu: Proud é o sobrenome da família (Radical na versão dublada), então o título da série acaba sendo um trocadilho.

Família Radical – Maior e Melhor está disponível no Disney+, atualmete a série tem 2 temporadas, com 10 episódios cada e que duram, aproximadamente, 30 minutos. Classificação: Livre para todos os públicos.