Quando o trap começou a se popularizar, confesso que eu não escutava esse tipo de música e até torcia o nariz (na verdade, nunca dei uma chance de realmente ouvir e conhecer um pouco mais da cultura, me fechei de cara). Porém, um amigo da faculdade, que tem o gosto musical muito parecido com o meu, vivia insistindo para que eu escutasse, pois tinha certeza de que eu iria gostar — ele acertou!
Comecei a ouvir alguns traps por influência dele e passei a gostar bastante desse estilo de música.
Tempos depois, comecei a namorar, e meu namorado adora trap. Ele tem seus artistas preferidos na cena, e um deles é o Matuê, que eu não escutava tanto, mas passei a ouvir junto com ele.
Em 2024, Matuê lançou o 333, um álbum em que ele também participou como produtor, trouxe outros nomes fortes do trap para feats, fez uma ação de lançamento inusitada e mostrou que é artista, trazendo músicas diferentes do que estávamos acostumados a ouvir até então, explorando diversos estilos.
O álbum é realmente muito bom e, desde o lançamento, nunca parou de tocar aqui em casa. Quando foi anunciada a tour desse álbum, coloquei como meta assistir com meu namorado, que até então nunca tinha ido a nenhum show na vida!
Planejei comprar os ingressos para dar a ele de presente de Natal, mas acabei não conseguindo por questões financeiras, e os ingressos se esgotaram. Porém, mais de um mês depois, decidi checar o site novamente para ver se não haviam voltado alguns ingressos ou se eles não tinham disponibilizado mais para compra e, para minha surpresa, havia acabado de abrir uma data extra para o show em SP — e nem tinha sido divulgada ainda! Garanti nossos ingressos no primeiro lote, com valor promocional, e contei para o meu namorado sobre a surpresa assim que ele chegou do trabalho (o que o deixou muito feliz).
O show aconteceu no Espaço Unimed, casa de shows que adoro por ser pertinho do metrô, além do ótimo espaço interno. Acredito que, em qualquer lugar da casa em que você fique, consegue ter uma boa visão do show.
Era um domingo, e chegamos lá à tarde, faltando umas 2 ou 3 horas para os portões abrirem (não lembro com clareza). Já havia algumas pessoas na fila, mas não estava tão grande.
Comprei os ingressos da pista e conseguimos ficar bem perto da grade limite para assistir ao show.
A abertura foi feita pelo Brandão85 (cantor que faz parte da 30PRAUM, gravadora do Matuê), que cantou poucas músicas — uma apresentação que durou em torno de 15-20 minutos — e, depois, um DJ ficou tocando até o show começar.
LEIA TAMBÉM: Show do Gaab | Gravação do DVD Guias e Ondas
O início do show atrasou muito (2h), o que deixou o público desanimado e estressado. A maioria das pessoas ficou um bom tempo na fila esperando a casa abrir (a abertura dos portões também atrasou), e ainda tivemos que ficar cerca de 2 horas em pé esperando o show começar de fato.
Tirando o cansaço e estresse pela demora, a experiência foi incrível!
Particularmente, eu estava muito feliz de poder compartilhar esse momento com o Vinícius e de vê-lo em seu primerio show, ainda mais sendo de um artista que ele admira tanto. Quando começou, eu não sabia se olhava para o palco ou para ele, que estava tão feliz.
Lembra do meu amigo que me incentivou a escutar trap, citado no início do post? Pois bem, ele já tinha ido a esse show e me disse que era muito legal, que apesar de já ter ido a vários shows, esse era um dos melhores que ele já tinha assistido. Acreditei, mas não fui com expectativas altas. Afinal, também já fui a vários shows, inclusive internacionais, que contam com uma megaestrutura e produção, então não imaginei que iria me impressionar nesse.
E eu estava enganada.
Realmente, o show é uma experiência e foi um dos melhores que já assisti ao vivo! O fato de o Matuê ter uma banda e backing vocals cantando ali ao vivo já é um diferencial que deixa a experiência muito legal. Ele também canta muito e toca alguns instrumentos, o que se torna um destaque no show. A estrutura do palco é muito bonita e bem feita.
Analisando, é o básico muito bem executado! Um cantor com sua banda, uma boa estrutura de palco, canta do começo ao fim, tem boas transições entre as músicas. Nota 10 pro Matuê!
Também fomos surpreendidos com a presença do Veigh, que tem um feat com o Matuê nesse álbum e apareceu “do nada” no show pra cantar com ele — foi legal demais!
O show terminou antes da meia-noite e ainda conseguimos voltar para casa de metrô. Estávamos extremamente cansados, mas também muito felizes.
Realmente, me surpreendi positivamente com um ótimo show e recomendo para quem gosta do artista vê-lo ao vivo. Você não irá se decepcionar!
Deixe um comentário