Eu sempre fui amante da leitura. Desde pequenininha folheava algumas revistas deitada na cama, onde a única coisa que eu entedia eram as imagens. Depois passei a gostar muito dos gibis da Turma da Mônica, e um pouquinho mais para frente, passei a ler livros, de todos os tipos. Infantis, de suspense, com mais de 500 páginas, de capa dura, tão grandes que não cabiam em uma bolsa e tão pequenos que caibam em um bolso.

Passei a comprar muitos livros, minha prateleira já nem aguentava mais a quantidade, e quanto mais rápido eu concluísse a leitura melhor era. Sabe por quê? Por nada! Nadinha mesmo!

Eu cresci e percebi que assim como a minha prateleira não precisava de tantos livros, o meu cérebro não precisa de tanta informação de uma vez só. Desapeguei de muitos livros (mas isso é assunto pra outro post) e diminui o meu ritmo de leitura. Na verdade, aquele não era o meu ritmo.

Eu queria sempre estar andando por aí exibindo um novo livro, que seria minha leitura atual, porém de que adiantava se eu mal conseguia me lembrar da última leitura?

Ler um livro não é apenas passar os olhinhos pelas letras e entender as palavras que elas formam – pelo menos não pra mim. Ler um livro é se teletransportar para onde a história ocorre. É conseguir imaginar cada personagem, se identificar com uns e se estressar com outros. É entender qual mensagem o autor quis passar com aquela história. É buscar referências dentro da história. É escolher suas citações preferidas.

Se ler é tudo isso, para quê ler correndo cada livro que chega na prateleira? Calma! Aproveite a sua leitura. Respeite o seu tempo. Não está afim de ler hoje? Tudo bem! Leu cinco capítulos sem parar porque estava louco pra saber o que ia acontecer na história? Tudo bem também! A gente só precisa entender que a leitura é algo grandioso e precioso demais para ser feita tão no automático, só para que a sensação de “li mais um livro” se mantenha intacta.